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Saiba quais são os riscos da polifarmácia em idosos

Saiba quais são os riscos da polifarmácia em idosos

Para muitas pessoas, quanto mais a idade avança maior também é quantidade de remédios que elas passam a usar, isso sem contar os suplementos de venda livre. Não é uma regra, mas tende a acontecer, principalmente porque depois dos 65 anos há uma incidência elevada de doenças e problemas crônicos diversos. Entre os mais comuns, cardiovasculares, pulmonares, diabetes, osteoporose e Alzheimer.

A polifarmácia, representada pelo uso de cinco ou mais medicamentos por uma única pessoa, cresce cada vez mais na população idosa e traz graves riscos a essa parcela etária. Muitas vezes, por possuir mais de um problema de saúde, o idoso é submetido ao uso de drogas que podem ser mais maléficas do que benéficas à sua saúde.

O consumo de múltiplos remédios aumenta consideravelmente os riscos como toxicidade cumulativas, erros, menor adesão ao tratamento das doenças e morbimortalidade. Também representa um aumento nos custos assistenciais com a saúde, incluindo o próprio custo para tratamento das repercussões advindas desse consumo. Além de efeitos adversos que aparecem apenas nos idosos (devido alterações fisiológicas do envelhecimento) a interação entre os remédios são os principais responsáveis pelos malefícios dessa prática.

Combinações e efeitos perigosos

Comprometimento da mobilidade e da cognição, diarreia, vertigem, azia, tremores. Esses são alguns dos sintomas reportados e relacionados ao uso indevido e excessivo de medicamentos e sua interação com outros compostos, com o próprio corpo ou com a alimentação. É isso para pior, ou então queixas sobre falta de efeito, pois os princípios ativos também podem se anular.

Tratando-se de reações adversas, aumentam o risco delas em idosos os antidepressivos, anti-inflamatórios, medicamentos para problemas cardiovasculares, como anti-hipertensivos e diuréticos, além de analgésicos opioides, laxativos e anticoagulantes.

Algumas combinações  medicamentosas contraindicadas; omeprazol (indicado para tratar refluxo) e clopidogrel (para quem já teve ataque cardíaco) pode duplicar a chance de infarto, e a de diclofenaco (usado para dor e febre) com varfarina (receitada para prevenir tromboembolismo venoso), cujo efeito do primeiro sobre o segundo tem chances de levar a uma hemorragia.

Mas a principal classe de medicamentos na qual os idosos têm mais reações deletérias são os benzodiazepínicos [diazepam, alprazolam, midazolam], quando usados em excesso.

Prescritos como anticonvulsivos e até mesmo sedativos para dormir, os benzodiazepínicos se combinados com anti-histamínicos (conhecidos como antialérgicos), resultam em um efeito cruzado sobre o sistema nervoso central, podendo causar confusão mental e aumento do risco de quedas e fraturas.

Quando o idoso inspira cuidados

Se o idoso tem a idade muito avançada ou não tem autonomia, é importante que na consulta com o geriatra estejam presentes além de um familiar ou responsável direto, o cuidador ou acompanhante domiciliar, seja ele técnico ou leigo, pois sua participação é fundamental.

O cuidador não só contribui para memorizar as informações repassadas, como também com o paciente e o médico ao relatar possíveis efeitos associados ao uso das medicações que o idoso ou alguém da família não perceba ou não saiba explicar, e ainda recebe instruções do que deve monitorar, além de ter a possibilidade de tirar dúvidas sobre cuidados e medicamentos.

O uso racional de agentes farmacológicos deve ser estimulado, principalmente aos idosos. Sabemos que o consumo desses remédios são essenciais para uma melhor qualidade de vida de pessoas portadoras de doenças, entretanto, a vulnerabilidade biológica dos idosos é conhecida, estudada e divulgada, e o consumo de medicamentos realizados por eles devem ser utilizados de maneira segura e consciente.

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