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<strong>O que é demência vascular, e como ela se diferencia do Alzheimer?</strong>

O que é demência vascular, e como ela se diferencia do Alzheimer?

A demência não é uma doença única, mas sim um grupo de sintomas provocados por danos no cérebro dos quais a perda de memória e a piora das capacidades cognitivas são os mais característicos.

A doença de Alzheimer é a forma de demência mais conhecida. Depois do Alzheimer vem a demência vascular, a segunda forma mais comum de demência da qual você talvez não tenha ouvido falar ou a conheça menos.

Dano vascular

Cerca de 17% das pessoas diagnosticadas com demência sofrem de demência vascular, uma doença que não tem cura mas que, quando seus fatores de risco são controlados, pode avançar de forma mais lenta.

A demência vascular é um termo geral que descreve um “declive cognitivo que se produz geralmente quando há um bloqueio ou uma redução do fluxo sanguíneo no cérebro, e isso faz com que diminuam os níveis de oxigênio e nutrientes que chegam aos neurônios”.

Essa redução do fluxo sanguíneo pode ocorrer por causas que incluem isquemias cerebrais, pequenas hemorragias intercerebrais e outros distúrbios que afetem os vasos sanguíneos cerebrais.

Os sintomas provocados pela morte ou pelo dano desses neurônios dependerá, principalmente, da localização do acidente cerebral.

Se ocorre numa das regiões do cérebro implicadas nos processos de memória e aprendizagem, o resultado poderia ser – ainda que não em todos os casos – uma falha na capacidade de recordar e no aprendizado de novas informações.

Por outro lado, se o dano ocorrer em regiões mais vinculadas ao movimento, à coordenação motora e ao equilíbrio, podem surgir sintomas motores como os que costumam afetar pessoas que sofrem apoplexia, como a paralisação de certas zonas do corpo ou problemas para caminhar.

Diferenças entre a demência vascular e o Alzheimer

Embora muitas vezes seja difícil diferenciar uma condição da outra,  já que os sintomas da demência vascular variam enormemente e alguns, como as falhas na memória, no raciocínio e no pensamento são comuns aos dois tipos de demência, e as causas de ambas são distintas.

A  origem da demência vascular está ligada ao dano vascular, “sabe-se que a principal causa do Alzheimer é a acumulação de proteínas tóxicas geradas no cérebro, e que vão danificar direta ou indiretamente os neurônios, e, finalmente, vão provocar a morte deles.

Além disso, as duas condições tendem a evoluir de forma diferente.

O Alzheimer costuma ser uma doença que progride lentamente, como um caminho que desce um morro de forma mais ou menos homogênea.

Por outro lado, os eventos vasculares podem acontecer hoje – se você tem um infarto, tem um dano cerebral, se recupera em poucos meses, mas ficam sequelas – e, se não voltar a ter nenhum outro infarto e não tiver outra causa, fica estabilizado. Ou pode ter outro infarto no ano seguinte e voltar a piorar.

Ou seja, a deterioração cognitiva pode se dar de maneira escalonada e mais marcada, em contraposição a uma evolução mais linear.

Demência mista

O que há de comum entre ambos os males são seus fatores de risco. Isso diz respeito à predisposição genética, o hábito de fumar, o consumo elevado de álcool, a vida sedentária, a obesidade, o colesterol, o açúcar ou a pressão alta, e fatores ligados ao envelhecimento.

Por outro lado, também é importante notar que em grande parte dos casos, os pacientes sofrem um tipo de demência mista, quando coexistem o Alzheimer e os danos de origem vascular.

 Só temos um cérebro, e os danos vão se acumulando. “A imensa maioria das pessoas que morrem com demência aos 80 anos não tem apenas um provocador da piora cognitiva”.

“Muitas vezes chamamos de Alzheimer o que em uma pessoa de 80 anos podem ser outras patologias ou comorbidades que contribuíram com essa piora cognitiva”.

Alguns sinais e sintomas da demência vascular

  • Desorientação;
  •  Dificuldade para prestar atenção e se concentrar;
  • Capacidade reduzida para organizar pensamentos e ações;
  •  Lentidão de raciocínio;
  •  Mudanças de humor (intranquilidade, agitação, apatia);
  • Problemas com a memória e a linguagem (menos comuns que no Alzheimer);
  • Caminhar instável ou falta de equilíbrio;

Tratamento

Quanto ao tratamento, o primeiro ponto que se deve esclarecer é que “uma vez que os neurônios morrem, não podem ressuscitar. O dano não se pode reverter, mas pode-se buscar a causa para evitar que volte a ocorrer e postergar seu avanço.



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